sexta-feira, 6 de novembro de 2009



quando voltaste, os teus olhos e as tuas mãos eram
chamas a falarem para mim.

eu estava na cama onde nasci vezes de mais.

peço-te, nunca esqueças o meu olhar de quando
voltaste.

era de noite. eu não esperava mais nada.

e tu voltaste. tão bonita.

és tão bonita. no mundo, deve haver um jardim tão
bonito como tu.

voltaste.

eu sorri tanto. fui feliz e, nesse momento, morri.

in «A Casa, a Escuridão» de «José Luís Peixoto»
Foto minha

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