sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Nada é por acaso ...

Porque acredito que na vida nada acontece por acaso ...
há sempre uma razão para tudo ...

para ouvir e reflectir ...


sexta-feira, 13 de novembro de 2009






Por um mundo melhor ...



Adoro dançar à chuva ...



Encontrei . . .
"...Encontrei uma nova dimensão da amizade...
um mundo novo onde os sentimentos fluem de uma maneira
extraordinária...
onde a possibilidade de expressar-se sinceramente existe...
onde o desamor morre...
onde o amor é possível apesar de suas limitações...
Encontrei um lugar de calmaria...
um lugar de paz onde ofertar é tão possível quanto receber...
onde o importante é ser...
Aqui posso rir com loucura e chorar de amargura...
aqui sinto que vale a pena muita coisa que acreditei perdida...
aqui tenho esperanças, coragem, forças..
aqui me recarrego de energias para continuar
lutando diariamente...
e isso me ajuda a ser mais feliz...
Aqui encontrei pessoas extraordinárias...

e uma delas ...

É VOCÊ!!!.."


Amigo

Um amigo é....... alguém que faz o tempo para estar junto,
ainda que não haja tempo...
... que sente vontade de lhe ver,
ainda antes que você o procure.
Um amigo é... alguém que percebe quando deve falar e quando escutar...
... que sabe que é tão bom necessitar, como ser necessitado.
Um amigo é... alguém que está
unido a você no pensamento...
... que pode apagar o passar do tempo
com o inesperado som de sua voz. 
 
 

 

domingo, 8 de novembro de 2009





sábado, 7 de novembro de 2009

Um lugar para relaxar ...



Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.

Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía;

Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.

Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.

Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.

Pablo Neruda in Cien Sonetos de Amor


Há pouco tempo, alguém me perguntou:

- És de afectos?

- De afectos como?

- De beijos e abraços?

- Sou, pois! E muito! De mimos, beijos e abraços. De deitar ao colo, de dormir ao colo, de pedir colinho e de dar colinho e fazer miminho! De chuchar no dedo quando não consigo dormir, de fazer cafuné nos cabelos, de apertar bochechas, mordiscar orelhas, pentear os cabelos desalinhados, desenhar sorrisos, dar a mão, de deitar o ouvido na coluna do coração e ficar a ouvir o bate-bate, de cantar baixinho, de escrever bonito nos guardanapos do pequeno-almoço só para ver sorrisos. De comprar flores, de gostar de flores e do azul do céu e do pôr-do-sol, das estrelas à noite e do luar no Verão... Se sou de afectos? Então não sou?



Eu quero amar, Amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele o outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder...Pra me encontrar...

("Amar" - Florbela Espanca in Amor é Poesia)


Las Palabras
de Pablo Neruda

...Todo lo que usted quiera, sí señor, pero son las palabras las que cantan, las que suben y bajan.

Me posterno ante ellas... Las amo, las adhiero, las persigo, las muerdo, las derrito... Amo todas las palabras. Las inesperadas... Las que glotonamente se esperan, se escuchan, hasta que de pronto caen...

Vocablos amados. Brillan como piedras de colores, saltan como platinados peces, son espuma, hilo, metal, rocío... Persigo algunas palabras...

Son tan hermosas que las quiero poner en mi poema. Las agarro al vuelo cuando van zumbando, y las atrapo, las limpio, las pelo, me preparo frente al plato, las siento cristalinas, ebúrneas, vegetales, aceitosas, como frutas, como algas, como ágatas, como aceitunas... Y entonces, las revuelvo, las agito, me las bebo, las trituro, las libero, las emperejilo...

Las dejo como estalactitas en mi poema, como pedacitos de madera bruñida, como carbón, como restos de naufragio, regalos de la ola.

Todo está en la palabra. Una idea entera se cambia porque una palabra se trasladó de sitio, o porque otra se colocó dentro de una frase que no la esperaba...

Tienen sombra, transparencia, peso, plumas. Tienen todo lo que se les fue agregando de tanto rodar por el río, de tanto trasmigrar de patria, de tanto ser raíces... Son antiquísimas y recientísimas. Viven en el féretro escondido y en la flor apenas comenzada...

Qué buen idioma el mío, qué buena lengua heredamos de los conquistadores torvos. Estos andaban a zancadas por las tremendas cordilleras, por las Américas encrespadas, buscando patatas, tabaco negro, oro, maíz con un apetito voraz.

Todo se lo tragaban, con religiones, pirámides, tribus, idolatrías... Pero a los conquistadores se les caían de las botas, de las barbas, de los yelmos, como piedrecitas, las palabras luminosas que se quedaron aquí, resplandecientes... el idioma. Salimos perdiendo... salimos ganando. Se llevaron el oro y nos dejaron el oro. Se llevaron mucho y nos dejaron mucho...

Nos dejaron las palabras.



Porque desejo o que não preciso?
Porque busca a minha alma, como o fogo, ou uma abstracta ânsia incandescente, tudo o que fica mais além?
(Fernando Pessoa)




Sente o céu, repara o mar
Há muito mais pra eu te mostrar
Não chore não, não fique triste assim

Eu te amo tanto que teu pranto
Fez-se canto pra mim
Sorria por favor, tenha esperança 


"Recordar um abraço não é pensar no que o motivou, mas ser abraçado nele mais uma vez"
(Pedro Cordeiro)












"Es necesario abrir los ojos y notar que las cosas buenas están dentro de nosotros, dónde los sentimientos no necesitan de motivos ni los deseos necesitan alguna razón. El importante es aprovecharse la del momento y aprender su duración, porque la vida está en los ojos de quién sabe verlo."
Gabriel García Márquez






Um único minuto de reconciliação vale mais do que toda uma vida de amizade.
in
"Cem Anos de Solidão" Gabriel García Márquez



O que é bonito neste mundo, e anima, é ver que na vindima de cada sonho fica a cepa a sonhar outra aventura. E que a doçura que não se prova se transfigura noutra doçura muito mais pura e muito mais nova.
(Miguel Torga)

Seria isto e aquilo ...



Se eu fosse um dia da semana, actualmente seria uma segunda-feira de manhã, ou um Sábado à tarde.

Se eu fosse um número, seria o 7, o 14 e o 21, por causa da canção... ‘sete e sete são catorze...’

Se eu fosse uma flor, seria uma ‘azeda’, daquelas que crescem bravias no campo, ou um malmequer branco, simples mas bonito!

Se eu fosse uma direcção, seria... não seria. Sou uma bússola descontrolada que vai ao sabor do vento.

Se eu fosse um móvel, seria... uma cadeira de baloiço em frente à lareira, com uma pilha de livros à volta, o gira-discos ligado e a janela aberta.

Se eu fosse um quadro, seria... ‘Mujer en la ventana’, de Salvador Dalí.

Se eu fosse um líquido, seria um ice tea.

Se eu fosse um pecado, seria… quase todos... pecar é bom!

Se eu fosse uma pedra, seria… uma pedra que andaria a passear pela areia.

Se eu fosse um metal, seria… ouro branco, pela elegância.

Se eu fosse uma árvore, seria… um jacarandá ou uma pereira em flor.

Se eu fosse uma fruta, seria… um morango, daqueles bem carnudos. Uma cereja também me ficava bem.

Se eu fosse um clima, seria… por onde passassem todas as estações, com aviso prévio.

Se eu fosse um instrumento musical, seria… um piano de cauda, numa sala grande, tocado por crianças.

Se eu fosse um elemento seria… a água.

Se eu fosse uma cor, seria… verde ou azul.

Se eu fosse um animal, seria… um coala, apetece-me. Mas uma gaivotaa também não me importava.

Se eu fosse um som, seria… o do vento, do cair da chuva e das ondas do mar revolto.

Se eu fosse uma canção seria… Tes Gestes de Reggiani. (Não fui eu que descobri, mas esta é mesmo verdade).

Se eu fosse um perfume seria… uma água de colónia de bebé ou o Comme des Garçons.

Se eu fosse uma comida, seria… um travesseiro de Sintra, alguém tem dúvidas?

Se eu fosse um cheiro, seria… o cheiro das compotas a fazer na panela, nas tardes de Outono.

Se eu fosse uma palavra, seria... saudade e maresia (‘Metade da minha alma é feita de maresia’ – Sophia de Mello Breyner Andresen)

Se eu fosse um verbo, seria… amar, amar, amar e amar... amor ardente.

Se eu fosse um objecto seria… um barco à vela.

Se eu fosse uma peça de roupa seria… uma carteira, uns belos sapatos ou um vestido preto.

Se eu fosse uma parte do corpo, seria… os olhos que me fascinam ou umas mãos viajantes.

Se eu fosse uma expressão, seria… um sorriso ou um brilho do olhar.

Se eu fosse um desenho animado, seria… a Sininho do Peter Pan.

Se eu fosse um filme, seria… A Música no Coração e mais não digo.

Se eu fosse uma forma, seria… um losango, como na crónica do Lobo Antunes.

Se eu fosse uma estação do ano, seria… a Primavera e o Outono, pelas folhas nascidas e pelas caídas.

Se eu fosse uma frase, seria… um provérbio japonês: se caíres sete vezes, levanta-te oito!



Sou apaixonada por esta voz... muito mesmo. Lembra-me sempre um baloiço de jardim  em tardes de Primavera, num dormitar ao pôr-do-sol.  Lembra-me os sorrisos, os olhares, momento de perfeita eternidade.

Canção de embalar ...

Perder-me de cansaço e entregar-me em teu regaço, enquanto me beijas o cabelo  e me cantas o Lullaby baixinho, devagarinho, como se fosses a melodia de um sonho que se começa a desenhar no inconsciente, onde há um campo verde, muito grande, quase sem fim, um riacho e um céu azul a cobrir a paisagem alada.

 





Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu

É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz

Pensamento viaja
E vai buscar meu bem-querer
Não posso ser feliz, assim
Tem dó de mim
O que é que eu posso fazer????



Nunca são as coisas mais simples que aparecem quando as esperamos. O que é mais simples, como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se encontra no curso previsível da vida. Porém, se nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos nos empurrou para fora do caminho habitual, então as coisas são outras. Nada do que se espera transforma o que somos se não for isso: um desvio no olhar; ou a mão que se demora no teu ombro, forçando uma aproximação dos lábios.

Nuno Júdice


Sou o sorriso e o brilho nos olhos quando os dias são de sol e de maresia; sou o silêncio e o olhar perdido quando pairam as nuvens. Sou um veleiro que navega em alto-mar, saltitando de cais em cais, numa teimosa busca de aventuras apaixonantes.

Sou assim...




UM POEMA

Não tenhas medo, ouve:
É um poema
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decora-lo
E reza-lo
Ao deitar
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz...


Miguel Torga, Diário XIII


Como quem num dia de Verão abre a porta de casa
E espreita para o calor dos campos com a cara toda,
Às vezes, de repente, bate-me a Natureza de chapa
Na cara dos meus sentidos,
E eu fico confuso, perturbado, querendo perceber
Não sei bem como nem o quê...
Mas quem me mandou a mim querer perceber?
Quem me disse que havia que perceber?

Quando o Verão me passa pela cara
A mão leve e quente da sua brisa,
Só tenho que sentir agrado porque é brisa
Ou que sentir desagrado porque é quente,
E de qualquer maneira que eu o sinta,
Assim, porque assim o sinto, é que é meu dever senti-lo...


(Alberto caeiro - Num dia de Verão)




Às vezes é o que dá vontade - fugir para bem longe!
Fugir daqui, de qualquer lugar, para lugar nehum.
Deixar para trás o mundo, o céu e as estrelas, levar o amor e a brisa do vento.
Partir sem bagagem, esquecer aquilo que dói, aqueles que magoam e desiludem.
Virar as costas ao mundo, rumar ao pôr-do-sol e ancorar o barco num qualquer porto distante.



 


(...)
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!


José Régio, Cântico Negro

sexta-feira, 6 de novembro de 2009







quando voltaste, os teus olhos e as tuas mãos eram
chamas a falarem para mim.

eu estava na cama onde nasci vezes de mais.

peço-te, nunca esqueças o meu olhar de quando
voltaste.

era de noite. eu não esperava mais nada.

e tu voltaste. tão bonita.

és tão bonita. no mundo, deve haver um jardim tão
bonito como tu.

voltaste.

eu sorri tanto. fui feliz e, nesse momento, morri.

in «A Casa, a Escuridão» de «José Luís Peixoto»
Foto minha





visita-me enquanto não envelheço
toma estas palavras cheias de medo e surpreende-me
com teu rosto de Modigliani suicidado

tenho uma varanda ampla cheia de malvas
e o marulhar das noites povoadas de peixes voadores

ver-me antes que a bruma contamine os alicerces
as pedras nacaradas deste vulcão a lava do desejo
subindo à boca sulfurosa dos espelhos

antes que desperte em mim o grito
dalguma terna Jeanne Hébuterne a paixão
derrama-se quando tua ausência se prende às veias
prontas a esvaziarem-se do rubro ouro

perco-te no sono das marítimas paisagens
estas feridas de barro e quartzo
os olhos escancarados para a infindável água

com teu sabor de açúcar queimado em redor da noite
sonhar perto do coração que não sabe como tocar-te
[Al Berto]

quarta-feira, 14 de outubro de 2009




Depois da chuva ...

Momento de ouro








Castelo de S. Jorge



."A maior das dores é a separação de dois corações que outrora se amaram."
(E. Geibel)



As pessoas não se tornam especiais pela maneira de ser ou agir, mas pela profundidade em que atingem nossos sentimentos.

A minha cor preferida

O vento soprou
Tão doce e sereno
Tocou-me ao de leve
Girou sentimentos
Dormentes, silentes
Que em voo rasante
Tocaram o chão
O fundo da alma
Fez-se de cor de ouro
Castanho ou laranja
Deu frutos já secos
De um doce amargo
Surgiu o Outono
No meu coração.

Momentos ...

Brincos de princesa


Uma bela janela ...

Por terras de Andaluzia